Rota do Românico - Centro de Interpretação do Românico (CIR)
A Rota do Românico surge da necessidade da Associação de municípios do Vale do Sousa e do Tâmega que sentiam na criação de um projeto turístico-cultural atrativo para a região.
Começou em 1998 com 21 monumentos e 6 municípios. Desde 2010 já abrange 58 monumentos e 12 municípios em torno do Vale do Sousa, Douro e Tâmega. Ainda perspectivam um novo crescimento já nos próximos anos.
Até aos dias de hoje, a Rota do Românico tem sido um projeto de enorme sucesso nacional e forte imagem além fronteiras. Atraíu visitantes, curiosos, estudiosos ao longo dos seus 24 anos de existência. Conseguiu recuperar peças e edifícios em degradação e ruínas para os tornar em objetos de estudo e apreciação. Foram também recuperados e estudados inúmeros monumentos, abertos à luz dos visitantes e às estampas nos livros.
O edifício do Centro Interpretativo é ele próprio uma obra de arte de interpretação Românica. O visitante entra pelo arco de Volta perfeita e abriga-se numa das torres medievais criadas para albergar todo o Centro. As 7 torres são unidas por uma cobertura em vidro que visa deixar entrar a luz que os claustros assim o exigiam nos mosteiros, num percurso que recupera a rua direita que serpenteia pelos obstáculos até ao lado oposto do edifício. Cada torre marca uma momento da exposição, uma abordagem diferenciada de uma época complexa de recuperação de identidade, nacional e social, a época Românica.
1- Sala da História
Na primeira sala a que dei o nome de sala da História representa uma cronologia dos momentos mais importantes da História do território português, desde os tempos longínquos da pré-história, até ao século XXI e a criação da Rota do Românico. Na mesma sala encontramos um mapa tridimencional e interativo dos monumentos e área abrangida pela Rota do Românico.
2- Sala da Sociedade Medieval
Sala que albergue 3 pirâmides como representação da pirâmide social da época românica, representado a Nobreza ("bellatores"), Clero ("oratores") e o povo ("laboratores"). Em cada uma dessas pirâmides passam imagens de pinturas e ilustrações da sociedade referida, com atividades direcionadas a cada um deles.
3- Sala do Românico Vernacular
A sala procura mostrar que a diversidade regional tem na região um momento de extrema importância para o estilo em destaque. Quanto mais longe fisicamente e temporalmente da raíz do estilo, mais diverge, vai "pegar" em conceitos e conhecimentos locais e adoptar para o gosto e reconhecimento das gentes locais. Por que no fundo, embora seja estilo de influência internacional, deve ser de apreciação da população que o acolhe.
Estas características regionais e tão diferentes da origem da arte Românica, levou a que o próprio Salazar o designasse "estilo português" e pedisse que trouxesse à vista dos visitante a "pureza" do Românico nos vários monumentos ao longo de Portugal, como por exemplo o Castelo de Guimarães, a
Se do Porto, etc...
4- Sala dos Construtores
Sala em que o visitante pode soltar a imaginação de se ver em tempos de construção dos monumentos. Nela vemos o óculo (anterior à rosácea), a forma de construção de paredes (duplas e preenchimento interior com pedras mais pequenas), frestas, contrafortes, capitéis, entre outros detalhes.
5- Sala da Cor
Sala onde desce até aos seus 5 anos de idade e usa os lápis de cor para pintar as imagens projectadas nas paredes. Nela percebemos que, apesar do publicitado ao longos de dezenas de anos, existe cor, por vezes com abundância, nas paredes, tetos e telas.
6- Sala do Glossário e das Intervenções DGEMN
Tal como no final de um livro temos o seu glossário, aqui procurou-se levantar alguns apontamentos e chamadas de atenção ao visitante. Primeiro é que nem tudo o que as obras que vemos ao vivo são inteiramente da época do Românico, segundo é que ainda existe muito para "trabalhar"/estudar, ainda há muitas peças "perdidas" que procuram um lugar na história e no lugar.
São projetos como este que nos dão ânimo no desenvolvimento educacional do nosso país e nos dão orgulho em ser Português.
Obrigada, #rotadoromanico
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