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  • Foto do escritorSusana Cruz

Francesinha

Ela é quente.

Ela é picante.

E deixa todos de boca aberta.

Deve ser comida devagar com tempo, molhadinha mesmo...

Estou a falar da Sanduiche mais conhecida de Portugal e uma das melhores do mundo, a Francesinha.

Reza a lenda que Diogo Silva, funcionário do Restaurante "A Regaleira" apresentou uma proposta, ao seu patrão, da criação de uma sanduiche que provocasse a vontade dos fregueses de beberem mais cerveja. Inspirado no Croque-Monsier de França, acrescenta bife, linguiça e outros ingredientes aos já típicos franceses, e ainda um molho picante que faz a delícia de qualquer um.

Só quem já se habituou consegue comer uma inteira.


Quantos colegas do Porto já convidaram amigos para comer uma francesinha no Capa Negra?

Quantos colegas de fora já foram convidados a comer uma francesinha no Bufete?

Quando ainda estava na Escola de Arquitetura, um dos elementos do meu grupo, de amigos de Sábado à noite, convidou um colega do sul para uma francesinha.

O Rapaz ao ver a sugestão de refeição comentou: "Essa sanduiche!? Até como duas." Ficamos surpreendidos com a resposta tão pronta do colega e, animados, pedimos ao funcionário: Francesinhas para todos, se faz favor.

Esse rapaz era de tamanho acima da média, tanto em altura como em largura, seguramente não ia ter dificuldade em lidar com a nossa especialidade. Já a namorada, tripeira de corpo e alma, era uma mulher do norte, pequenina como uma sardinha.

Fomos todos servidos ao mesmo tempo, com francesinhas todas iguais, batatas à parte e molho em abundância.

O Rapaz atirou-se à comida pois devia vir cheio de fome, mas essa fome depressa passou. Garfada de um lado, cerveja do outro, garfada para acabar com a fome e cerveja para apagar o fogo, e não chegou a metade da francesinha. Já suava e arfava, parecendo aflito. Com medo que lhe desse um treco, tiramos-lhe a francesinha da frente e não comeu mais dali.

A namorada, por sua vez, foi comendo a sua, a seu ritmo, com pausas regulares e no fim acabou por comer a dela completa, e, o resto da dele, também. É escusado de dizer que um mês depois estavam separados. Ainda ficamos a pensar que a Francesinha foi a causa de tudo isto.

Quanto ao nome, dizem as más línguas, que se deveu ao facto do criador da francesinha não ser popular entre as portuguesas e como forma de não se inferiorizar junto com os amigos dizia que "comia francesinhas sempre que quisesse".


Existem mil e uma formas de confeção de francesinhas, as melhores são intituladas de Porto, Braga e Póvoa, nomes das cidades de criação. A francesinha do Porto, é a original, da década de 50 do século XX, não menosprezados as restantes, claro.

Dizem que independentemente do que é composta a sandes... o mais importante é o molho. Picante em uns restaurantes, mais ou menos adocicado noutros. Numa mistura de cerveja, tomate, ... e tudo resto é segredo do Chef de cada restaurante.


Caso passem pelo Porto, não deixem de provar a Francesinha do Porto.


Atenção: Caso tenha algum tipo de alergia é favor avisar o funcionário do restaurante.



Comments


Susana Cruz.jpg

Olá, que bom vê-lo por aqui!

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